Será que seriamos mais felizes?Será que nos rimos pouco?
Podíamos rir mais e alegrar as nossas almas com mais frequência?
Podíamos rir mais de nós mesmos, em vez dos outros?
Das nossas “calinadas”, das nossas “gaffes”,
De não sabermos tudo e admitir que erramos,
De não controlarmos pessoas, lugares e coisas.
Será que nos levamos demasiado a serio?
Pelas nossas preocupações exageradas, pela ansiedade,
Desejos e expectativas irreais,
Pelos nossos objectivos e planos,
Pelo stress, pelo patrão ou empregado/a, colega de trabalho,
Pelo namorado/a, pelo gato/cão, pelo marido/mulher,
Pelas contas a pagar no fim do mês,
Pela dor das costas ou de cabeça...
Será que estamos tão entregues ao trabalho,
Que não sentimos a necessidade de sorrir?
A cada sorriso mais anos de vida
A gargalhada surge espontânea.
De repente o mundo altera-se num espanto.
Ou então é um sorriso cúmplice, inteligente.
A ironia bem construída, quase poética,
Que pelo seu modo distorcido mostra a natureza crua das coisas.
Dá-lhe beleza, dá-lhe entendimento.
Riso de prazer clandestino, nervoso e imparável.
Rir é o remédio. Rirmo-nos de nós, de tudo.
E quando nos rimos dos outros sentimo-nos superiores.
Ao rirmo-nos de nós talvez sejamos superiores.
Porque há algo que se liberta e se ultrapassa:
Olhamos para nós esticando os lábios num sorriso difícil e condescente.
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