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27 de julho de 2008

Lagoa da Albufeira


Constitui um ecossistema lagunar costeiro, formado por três estruturas lagunares interligadas, fechado, e como tal muito sensível às alterações do meio, provocadas, normalmente, por acção antrópica.
Em tempos passados, a abertura da lagoa fazia-se, regularmente, uma vez por ano (na Sexta-Feira Santa) e visava o nivelamento das águas interiores acumuladas, a oxigenação das mesmas e o reabastecimento por algumas espécies piscícolas. Era efectuada pelo homem com o recurso a meios rudimentares (pás e enxadas), em condições marinhas favoráveis e o encerramento acontecia por processos naturais, de correntes e condições marítimas.

Hoje, a lagoa é aberta várias vezes no ano, sem preocupação da existência de condições marinhas apropriadas, com o recurso a máquinas. Esta acção tem sido fatal para a vegetação natural da área da boca, cuja duna, que separava o ecossitema lagunar do mar, está praticamente destruída, não constituíndo mais que uma praia regularmente invadida pelas ondas que, em dias de maior agitação do mar (frequentes nesta costa) galgam a ex-duna e penetram na lagoa encerrada.

A abertura frequente da lagoa, tendo em vista a substituição das águas para a sobrevivência dos viveiros de mexilhões ali existentes e o abastecimento por espécies piscícolas, bem como a invasão pelas ondas em consequência da destruição da duna, têm contribuído drasticamente para o assoreamento que se vem verificando na zona da comunicação com o mar.

Outrora, existiam em abundância e eram capturadas manualmente, ou com o recurso a técnicas artesanais rudimentares, na altura da abertura da lagoa, com o baixar do nível das águas, várias espécies de bivalves, nomeadamente: ameijoa, berbigão, lambujinha, etc., hoje quase inexistentes. O assoreamento, a poluição das águas e a captura contínua ao longo do ano, com o recurso ao mergulho, em especial da ameijoa, foram alguns dos factores que contribuíram para que aquelas espécies quase desaparecessem.

Passamos uma tarde maravilhosa.. Consegui dormir de barriga para baixo e de barriga para cima. Com a surpresa de ter carangueijos (falsificados), a andar perto de mim, mas o sono era tanto que nem quis saber.... ihihih! lool!

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