
O cemitério lisboeta, inaugurado em 1996, deveria ter sido construído de forma faseada, mas o processo foi interrompido depois de se descobrir, após a exumação dos primeiros corpos, que estes não se tinham decomposto, devido às características do solo (argiloso). Este facto impediu o arranque da segunda fase do projecto, mas para Paulo Quaresma o problema dos solos não explica por si só o abandono. «Houve um grande desinvestimento», lamenta o autarca.
Paulo Quaresma salienta que «muito do que foi pensado não chegou a ser executado». Critica a falta de um parque de estacionamento e a ausência de transportes públicos que sirvam a zona.
Em Carnide estão actualmente depositados 10.600 corpos. Se a expansão do cemitério se tivesse concretizado, o espaço poderia receber até 25.000 cadáveres. «O cemitério podia estar a fazer 40 funerais por dia se tivesse os fornos crematórios a funcionar», sublinhou o responsável, acrescentando que só se fazem enterros pontualmente e «mediante uma autorização muito especial».
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