Avançar para o conteúdo principal

Samouco

 Era uma manha amuada, carregada de chuva. Saímos num belo passeio, ao passar pela ponte, de um ponta da terra ao outro, o mar estava de cor cinzento, calmo, mas sentia ali uma revolta entre as pequenas ondas. 

Continuamos o nosso caminho até ao Samouco. Entramos numa quinta, com estacionamento, parque infantil e piscina. La encontramos os meus familiares para um “Domingo alegre” de família, numa mesa reservada para 40 pessoas. Crianças de um lado, seniores do outro e os outros no meio.

Serviram-nos maravilhosamente bem. Conversas sobre tudo e mais coisas. E no fim, novas combinações para futuros encontros.

                                                                            "Mini-conto de 100 palavras"

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Fazer catorze anos

É estar entre duas margens: uma já conhecida, a infância que se despede devagar, e outra que ainda assusta, a juventude que se anuncia com promessas e dúvidas. É sentir o corpo crescer antes de a alma estar pronta. É olhar-se ao espelho e perceber que o rosto muda, mas os olhos continuam à procura do mesmo abrigo. O tempo começa a correr de outra forma: mais veloz, mais exigente. Já não basta sonhar, é preciso escolher, decidir e errar.   As vozes dos adultos soam mais distantes, e o coração pede liberdade, mas teme o que ela traz. Há um certo encanto em fazer catorze anos: o mundo parece mais largo, mais profundo, mais intenso. As amizades ganham peso de eternidade, os amores nascem num olhar e morrem num silêncio. Tudo é exagerado: a alegria, a dor, o riso e a lágrima. Mas também há um despertar: a consciência de que o tempo não volta, que crescer é aprender a deixar ir. É começar a caminhar sozinho, com o medo de um lado e a esperança do outro, mantendo o equ...