Num
fim de semana em que se fala do 25 de Abril em Portugal, escravatura,
tortura, submissão e da liberdade. Vimos um filme que tivemos de alugar,
pois não passou no cinema, nem passa na televisão.
Um
filme que me marcou, primeiro por ser com crianças pequenas e pobres,
segundo por ser verídico e ainda é a realidade de hoje e terceiro por
ter o ator a falar no fim para divulgação deste filme/história.
Começa
numa casa, com uma menina bonita, de cabelos pretos e compridos, com um
sorriso lindo, a tocar tambor numa caixa de madeira, com o sonho de ser
conhecida.
Uma
senhora bate na porta a fazer propaganda para realização dos sonhos,
ouvindo os tambores. Com autorização do pai, Rocio e o seu irmão Miguel
são levados para a cidade de Honduras, para uma audiência de fotos. As
crianças entram para uma sala e o pai tinha de regressar no final do dia
para vir buscá-los.
São
raptados e levados para o porto de Cartagena, via marítima, num
contentor com mais meninas. Ao chegar, Miguel é escolhido por um adulto,
gordo com dinheiro. Com a amostra de comida e ameaça à irmã, suborna o
rapazinho moreno, olhos castanhos, pele morena, com 6 anos, cheio de
medo, a fazer coisas a pedido dele.
A
irmã que não tinha mais do que 11 anos é levada para uma casa, com
outras raparigas, todas bem arranjadas. Enquanto espera por um rumo, é
levada para o quarto a troco de dinheiro.
Um
ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de
centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Após
resgatar Miguel, Timóteo descobre que a irmã do menino também está a ser
mantida como refém. Ele decide, então, dar início a uma perigosa missão
para salvá-la. Ao pensar que poderia ser um das filhas e com força da
mulher, Tim se demite do seu antigo emprego no Governo e viaja para as
profundezas da selva colombiana em busca da quadrilha, aonde Rocio
poderia estar a ser abusada, escravizada.
Um
dos companheiros, conta uma história que é uma realidade. Comprou uma
menina da rua, pensando ter 25 anos. No fim, quando se vestiam, reparou
nas unhas dos pés, com ursinhos pintados. Olhou bem para ela, parecia
ter menos de idade, mais ou menos 20. Mas a rapariga acaba por desabafar
e diz ter 14 anos. E que tinha começado esta vida com seis anos. Como é
possível!!
Recuperada,
Rocio volta a casa com o pai e o irmão. E termina na mesma casa, com a
menina com olhar diferente, mas quando toca no tambor real, parece
voltar a ser aquela criança.
O
actor no fim dos créditos, pede para divulgar, publicar este filme
considerado polémico. Por ser uma história real, com tráfico humano
e resgates de crianças de traficantes de uma rede de exploração
sexual, há mais de uma década.
Sem comentários:
Enviar um comentário