Passámos pelo centro de Torres Vedras para comprar uma planta e verificamos uma ferramenta no Leroy Merlin. Conseguimos despachar tudo rapidamente.
Seguimos para os lados de Santa Cruz, para a festa de aniversário de um amigo. Parámos na casa dele e lá estava ele no seu carrinho, bem-disposto e alegre, com o seu sorriso contagiante.
O jantar era ali perto, no Mercado Saloio. Fiquei encantada com o sítio: muito espaçoso, com muitas mesas baixas e altas de madeira, as estantes decoradas com caixas de fruta e no sótão visível, os barris de vinho. Havia uma esplanada, mas como pingava, só se viam pessoas a fumar ou na conversa.
Ia haver música ao vivo, testavam o som e os microfones. Sentámo-nos com um casal de estrangeiros e ficámos à espera do resto do grupo. Entretanto, serviram champanhe de melão. Confesso que fiquei reticente – melão não me cai bem no estômago –, mas experimentei. Fresquinha e deliciosa. Olhámos para o menu, ainda cheios do almoço, mas os petiscos... hmmm!
Chegou o resto do pessoal: quatro meninas, um casal e uma criança. A mesa ficou cheia. Pedimos petiscos, que mais pareciam pratos completos e acabámos por dividir um prato principal. Muitas conversas e risadas, muitos copos de vinho e o jogo Alemanha-Dinamarca do Euro 2024 a dar na televisão gigante.
Às 22h, começou a música brasileira ao vivo, cantada por uma portuguesa. Cantámos os parabéns, um bolo e os cafés. A seguir, foi loucura total. Dançámos músicas da juventude durante quase duas horas. Abraços, beijos, os copos de vinho... o ambiente estava ao rubro.
Mas, como sempre, há limites. Já havia trocas de copos, mais garrafas, muita confusão... e até as calças mijadas! Decidimos que era hora de pagar a conta e irmos embora.
No entanto, senti-me desconfortável. Uma amiga nova conhecida hoje, alterada pelo álcool, tentou beijar-me. Desviei-me várias vezes, mas não queria ser rude. Apesar disso, lembrei-me que todos têm os seus momentos e quem sabe, um dia, precisem de ajuda (e foi essa a situação, descomprimia de más situações).
No fim, ar puro, o último cigarro à porta do carro e seguimos para casa. Não consegui dormir.
Por quê? Café? Assédio? Ou o excesso de emoções daquela noite?
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