quinta-feira, 26 de abril de 2007

O nosso universo é mesmo grande...

Descoberto novo planeta
Maior do que a Terra e com temperaturas entre os 0º e os 40º, "Gliese 581 b" pode ser habitável
O novo planeta descoberto fora do sistema solar e semelhante à Terra faz os cientistas sonhar com a possibilidade de encontrar vida noutro planeta. Ainda sem nome registado, o planeta aparenta ter condições para ser habitável mas a humanidade está a anos de luz de lá chegar.
É preciso deixar o Sol e todos os oito planetas para trás. Longe do sistema solar, os cientistas descobriram uma outra estrela à volta da qual gira um planeta parecido com a Terra.
É um velho sonho da humanidade descobrir planetas habitáveis mas a pergunta é uma quimera.
Em vez de amarela, a estrela é vermelha e tem um terço do tamanho do Sol. Chamam-lhe estrela anã.
O planeta demora 13 dias a completar a órbita e tem cinco vezes a massa da Terra, talvez por isso lhe chamem a super Terra.
Através de um telescópio, os investigadores do Observatório Europeu do Sul determinaram que a temperatura do planeta à superfície varia entre os zero e os quarenta graus Celsius. Suficientemente quente para ter água em estado líquido.
O telescópio ainda não permite observar a atmosfera do planeta. Só a existência de metano e ozono poderia permitir qualquer forma de vida.
O Gliese 581 b é o planeta mais pequeno encontrado até agora fora do sistema solar. Mas o que tem feito sonhar mais alto.
As sondas humanas que foram mais longe foram as Voyager e demoraram dez anos a chegar a Plutão. Se agora mantivessem a mesma velocidade demorariam cerca de 700 mil anos a ir à estrelinha mais próxima que se encontra a uma distância cinco 5 vezes superior. Isto, a nível de escalas relativas a milhões de anos de viagem.
A dúvida vai continuar a não ser que o novo planeta disponha de tecnologia mais avançada.

sábado, 21 de abril de 2007

Já não era sem tempo!

Igreja Católica elimina o limbo para crianças que morrem por baptizar  20.04.2007 - 22h20   Lusa


A Igreja Católica eliminou o limbo, onde a tradição católica colocava as crianças que morriam sem receber o baptismo, considerando que aquele reflectia "uma visão excessivamente restritiva da salvação".
Num documento publicado hoje, a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé, declara-se convencida de que existem "sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus".

Esta comissão estudava o tema do limbo desde 2004 e a publicação do documento foi autorizada pelo Papa Bento XVI.

O limbo nunca foi considerado um dogma da Igreja e não é mencionado no Catecismo.

Em 1984, quando o actual Papa era perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, já tinha afirmado que o limbo era "só" uma "hipótese teológica" e o que o melhor era não o ter em conta.

O documento, por ora, foi publicado em inglês e sairá depois noutras línguas, confirmou um membro da comissão, precisando que a Igreja continuará a considerar o baptismo como o caminho para a salvação mas, nestes casos, a misericórdia de Deus é maior do que o pecado.

A mesma fonte acrescentou que os factores analisados oferecem suficiente base teológica e litúrgica para acreditar que as crianças que morrem sem ser baptizadas "se salvarão e gozarão da visão beatífica".

Segundo o publicado pela Comissão, o documento de 41 páginas considera que Deus é misericordioso" e quer que todos os seres humanos se salvem".

"A graça tem prioridade sobre o pecado e a exclusão de crianças inocentes do céu não parece reflectir o amor especial de Cristo pelos mais pequenos", sublinha o texto.

O documento intitula-se "A esperança de salvação para as crianças que morrem sem ser baptizadas" e, segundo a Comissão, o limbo representava um "problema pastoral urgente, já que cada vez são mais as crianças nascidas de pais não católicos e que não são baptizados e também "outros que não nasceram ao serem vítimas de abortos".

O texto recorda que no século V Santo Agostinho dizia que as crianças mortas sem o baptismo iam para o inferno e, a partir do século XIII, começou a falar-se do "limbo" como "esse lugar onde as crianças não baptizadas estariam privadas da visão de Deus mas não sofreriam, já que não o conheciam".

A Comissão Teológica Internacional precisou no texto que durante séculos os papas procuraram não definir o limbo como tema doutrinal e deixaram o tema em "aberto".

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Provérbios - Letra D

Dá Deus nozes, a quem não tem dentes.
Da discussão nasce a luz.
Dá duas vezes, quem prontamente dá.
Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro.
Dádiva de ruim, a seu dono se parece.
Dar a César o que é de César, dar a Deus o que é de Deus.
De boas intenções, está o Inferno cheio.
De Espanha, nem bom vento nem bom casamento.
De lautas ceias, estão as sepulturas cheias.
De livro fechado, não sai letrado.
De manhã a manhã, perde o Carneiro a lã.
De manhã ao monte, de tarde à fonte.
De médico e de louco, todos temos um pouco.
De noite todos os gatos são pardos.
De pequenino se torce o pepino.
De rico a soberbo, não há palmo inteiro.
De S.ª Catarina ao Natal, um mês igual.
Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo.
Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer.
Depois da batalha aparecem os valentes.
Depois da tempestade vem a bonança.
Depois de casa roubada trancas à porta.
Depois de S. Vicente já se pode enganar toda a gente.
Depois do burro morto, cevada ao rabo.
Depressa e bem, não há quem.
Desmanchar e fazer tudo é fazer.
Deus ajuda quem trabalha, que é o capital que menos falha.
Deus ajudando vai em Julho mereando.
Deus dá o frio conforme a roupa.
Deus é bom e o diabo não é mau.
Deus escreve direito, por linhas tortas.
Deus nos livre dos maus vizinhos de ao pé da porta.
Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce.
Deus vê o que o Diabo esconde.
Devagar se vai ao longe.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Dezembro frio, calor no estio.
Dia de S. Barnabé (11/6), sega-se a palma do pé.
Dia de S. Silvestre (31/12), quem tem carne que lhe preste.
Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.
Dinheiro e santidade, a metade da metade.
Dinheiro emprestado, anda mal parado.
Dinheiro emprestaste, inimigo criaste.
Dinheiro esquecido, nem é pago nem agradecido.
Dinheiro não traz felicidade.
Diz o roto ao nu: porque não te vestes tu?
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Do Natal à Sta. Luzia, cresce um palmo em cada dia.
Do trabalho e experiência, aprendeu o Homem a ciência.
Dos 15 aos 20, caso com quem o meu pai quiser; dos 20 aos 25 é com quem eu quiser; depois dos 25, venha quem vier, não fica sem mulher.
Dos enganos vivem os Escrivães.
Dos Santos ao Natal, é Inverno natural.
Duro com duro, não faz bom muro.

piada de moçambicano

Um Moçambicano estava calmamente sentado a tomar o seu sumol numa pastelaria na baixa de Lisboa, quando um Angolano, a mastigar
pastilha elastica senta-se ao seu lado.
O Moçambicano ignora o Angolano que, não se conforma e começa a puxar
conversa:
Angolano: - Comes esse pão inteirinho?
Moçambicano (de mau humor): - Claro.
Angolano: - Nós não. Nós comemos só o miolo, a codea juntamos num
contentor,depois processamos, transformamos em croissants e vendemos
para Moçambique.
O Moçambicano ouve calado.
O
Angolano insiste: - Tu comes esta geleia com o pão?
Moçambicano: - Claro.
Angolano: - Nós não. Nós comemos as frutas frescas com o cafe da
manhã, mandamos todas as cascas e sementes para contentores, depois
processamos, transformamos em geleia e vendemos para Moçambique.
Moçambicano:- E o que e que vocês fazem com os preservativos depois
das relações sexuais?
Angolano: - Deitamos fora, claro!
Moçambicano: - Nós não. Vamos guardando tudo em contentores,
processamos, transformamos em pastilhas elásticas e vendemos para
Angola...

sábado, 14 de abril de 2007

Teatro infantil italiano: Pedro e o Lobo


Pierino e il lupo - Teatro Diadokai e TTB -Teatro Tascabile de Bérgamo

Pierino e il lupo, uma produção do Teatro Tascabile di Bergamo em colaboração com o Teatro Diadokai, encenação de Ricardo Gomes, è uma adaptação do "conto musical para crianças" homónimo de Sergei Prokofiev, que ensina a distinguir os sons dos diferentes instrumentos da orquestra. Um espectáculo de teatro-dança em que a actriz –bailarina Priscilla Duarte conta a história e encarna as suas várias personagens numa transformação contínua,que acontece diante dos olhos dos espectadores, através de simples mudanças do figurino e do uso do corpo e da voz.

A colaboração entre Ricardo Gomes (actor, realizador e conhecedor de teatro) e Priscilla Duarte (actriz e bailarina) começa em 1984 durante o curso de Artes Cenográficas na Universidade de Rio de Janeiro. Em 1989 resolvem aprofundar a sua experiência em Itália, iniciando uma longa e articulada colaboração com o Teatro Tascabile di Bergamo, grupo histórico do Teatro de Pesquisa italiano dirigido por Renzo Vescovi (alunos-actores de 1989 a 1991, actores de 1992 a 1994 e colaboradores de 2003 a 2007).

A sua formação profissional provém do contacto com os Mestres das tradições cenográficas orientais e ocidentais - como Jerzy Grotowski, Eugenio Barba, Aloka Panikar e Kalamandalam John – utilizando as técnicas do Teatro de Rua e do Teatro-dança Clássico Indiano. Com o TTB apresentam centenas de espectáculos nos quatro continentes, participando em muitos festivais internacionais e adquirindo experiência em todos os aspectos da produção teatral, segundo o espirito de autogestão e trabalho cooperativo do Teatro de Grupo.

Em '96 criam no Brasil o Teatro Diadokai com o espectáculo de Pedro e o lobo (Pierino e il lupo), resultado de uma pesquisa sobre a linguagem em diálogo com os princípios do Teatro Oriental. O espectáculo, premiado pela sua pesquisa sobre a linguagem teatral, teve mais de trezentos réplicas para mais de vinte mil espectadores no Brasil, Itália e Alemanha. O grupo produz outros espectáculos (Um clarão... e a noite após!, O deus e a princesa, Os amantes do sereno...) e eventos teatrais, além de realizar seminários sobre a Arte do Actor.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Bom Nome


Conhece de onde vens para chegares onde vais.
Passando por duas gerações, onde duas culturas opostas e duas formas de viver completamente distintas se chocam entre si apenas para, mais tarde, ternamente se unirem, o filme “O Bom Nome” é, em conclusão, acerca da pergunta eminente: o que é que significa ser uma família americana?

Saltando entre as cidades, igualmente vibrantes e coloridas, de Calcutá e Nova Iorque, o filme é definitivamente um drama familiar, mas acerca de uma família americana contemporânea muito diferente: os Gangulis que foram da Índia para os Estados Unidos de forma a poderem experimentar um mundo de oportunidades ilimitadas, apenas para serem confrontados com os perigos e a confusão da tentativa de construir uma vida com significado numa sociedade complexa.

Logo a seguir ao casamento combinado, Ashoke (Irrfan Khan) e Ashima (Tabu) mudam-se da húmida cidade de Calcutá para a invernosa cidade de Nova Iorque, onde começam a sua nova vida juntos.

Virtualmente estranhos um para o outro e agora vivendo no que é para eles uma terra muito estranha, a sua relação rapidamente sofre uma mudança quando Ashima dá à luz um filho. Sob a pressão de lhe dar rapidamente um nome, Ashoke decide-se por Gogol, nome do famoso autor russo, nome esse que serve como elo de ligação a um passado secreto e à esperança de Ashoke: um futuro melhor.

Mas a vida não é tão fácil para Gogol como os seus pais podiam desejar. Sendo um jovem americano de primeira geração, Gogol (Kal Penn) tem de percorrer a ténue linha entre as suas raízes bengali e a nacionalidade americana na procura da sua própria identidade.

Enquanto Gogol tenta escrever o seu futuro – renunciando ao nome dado pelos seus pais, namorando com uma rapariga americana rica (Jacinda Barret), indo estudar arquitectura para a Universidade de Yale – os seus pais mantém-se fiéis às tradições bengali.
Mas os seus caminhos continuam a cruzar-se com consequências tanto cómicas como dolorosas até Gogol ver as relações entre o mundo que os seus pais deixaram para trás e o mundo que tem à sua frente.

trailer: http://www.castellolopesmultimedia.com/namesake/

Vi o filme do inicio ao fim, sem lágrimas, sempre a seguir a história. Quando acabou, algo estalou no meio peito.. ao lembrar de certas cenas. Como se fosse recordações noutras pessoas e como se dissess como seria um dos futuros..

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Nanni Moretti em Lisboa no sábado para falar sobre «O Caimão»

Nanni Moretti em Lisboa no sábado para falar sobre «O Caimão»
O realizador italiano Nanni Moretti vai estar em Lisboa, sábado, para apresentar o seu mais recente filme, «O Caimão», estreado a 22 de Março, revelou hoje a distribuidora Atalanta Filmes.
Nanni Moretti falará sábado à noite no Cinema Monumental antes da exibição de «O Caimão», visto por mais de cinco mil espectadores na semana de estreia nas salas de cinema portuguesas.
«O Caimão» conta a história de Bruno Bonomo, um produtor de cinema falido e com um casamento destruído, a quem é apresentado um guião para um filme.
Só já quando está metido no projecto é que percebe que o filme não é um thriller político mas um retrato de Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro de Itália na altura em que Moretti rodou «O Caimão».
Entendido como uma metáfora sobre a sociedade e o mundo político italiano, «O Caimão» surge cinco anos depois do aclamado drama familiar «O Quarto do Filho», vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 2001.
Da filmografia de Moretti, 53 anos, destacam-se ainda filmes como «Ecce Bombo» (1978), «Palombella Rossa» (1989), «Querido Diário» (1993) e «O Quarto do Filho» (2001).
Diário Digital / Lusa
11-04-2007 21:57:07

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Artigo na Visão online! - Criancinhas!

Este artigo está o máximo! Vale a pena ler até ao fim…
Criancinhas

A criancinha quer uma Playstation. A gente dá. 
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa. 
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate. 
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela i ncha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a c riancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
 

A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada. 
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira. 
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca». 
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu». 
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias». 
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos. 
E, se calhar, até um referendo!!!!!!

Teatro S.Luiz